Uma mulher identificada como Hedviga Golik morreu enquanto assistia televisão no apartamento onde morava e só foi encontrada cerca de 42 anos depois. O corpo foi encontrado mumificado e o aparelho ainda estava ligado. O caso impressionante aconteceu em Zagreb, na Croácia, em maio de 2008, no entanto, ainda há muitos mistérios que cercam o episódio.
Conforme os investigadores, o cenário permanecia praticamente intacto, a televisão ainda ligada e uma xícara de chá ao lado da cama. O pequeno imóvel de 18 m², localizado no último andar de um prédio de quatro pavimentos, ficou intocado durante décadas.
A descoberta aconteceu após uma equipe de manutenção do um prédio forçar a entrada no sótão do edifício e encontrar o cadáver. Os es do edifício perceberam que nunca haviam tido retorno de Hedviga sobre os avisos enviados e decidiram entrar no apartamento.
A moradora era uma enfermeira nascida em 1924, que aparentemente havia morrido 42 anos antes, sem que ninguém tivesse notado sua ausência.
Conforme a investigação, Hedviga levava uma vida reclusa. Evitava contato com vizinhos e era conhecida por seu comportamento excêntrico, como o hábito de enviar listas de compras por meio de um balde preso a uma corda para que os vizinhos fizessem suas compras. Ao desaparecer, muitos presumiram que ela havia se mudado ou se juntado a algum grupo religioso, como sugeriam boatos na época. Ninguém questionou sua ausência.
Coberto por camadas de poeira e teias de aranha, o local parecia inalterado desde os anos 1960. A autópsia não conseguiu determinar a causa exata da morte, mas estimou que ela tenha ocorrido durante uma estação fria, o que favoreceu a preservação do corpo e o processo de mumificação natural.
O caso repercutiu em jornais internacionais. O Daily Telegraph levantou um questionamento curioso: como as contas de eletricidade continuaram sendo pagas por tantos anos? A resposta veio com a revelação de que o arquiteto responsável pela construção do prédio, que morreu em 2005, mantinha os pagamentos em dia, possivelmente por desconhecer a situação real.